Porque sabes que eu estou aqui.
Porque eu sei que me sabes ler no silêncio.
Segunda-feira, 22 de Agosto de 2005
Que...
Aprendi que há coisas na vida pelas quais lutamos e conseguimos. E outras pelas quais não vale a pena lutarmos. Aprendi a ouvir críticas sem reservas e elogios com alguma desconfiança. Aprendi que o tempo não se perde, gasta-se. Que o tempo que temos para os amigos é sempre pouco. (...) Que a amizade é uma das mais belas formas de amor. (...) Que às vezes é preciso respirar fundo antes de responder, calar em vez de falar, fechar a gaveta sem a arrumar. (...) Que a música é a melhor companhia. Que há melodias que tal como o amor são eternas e quanto mais passa, mais importante são e mais sentido fazem na vida. Aprendi a ouvir os outros corações bater a um ritmo diferente do meu, que cada alma tem o seu modo e o seu tempo, que amar é respeitar o tempo e o modo de cada um. Que a distância não tem a ver com quilómetros. Que ninguém constrói uma ponte sozinho. (...) Que estar parado também é uma acção. Que estar calado também é comunicar. Que estar quieto pode ser a forma mais inteligente de agir. (...) Que o amor é uma doença contagiosa que se propaga de forma descontrolada. (...) Que a proximidade é uma arte. Que a generosidade que temos com os outros reverte sempre a nosso favor. Que a sinceridade é uma arma perigosa. Que o amor tem muito de guerra e pouco de paz. (...) Que tudo na vida pode ser sempre melhor. Muito melhor. Muitíssimo melhor.
Porque a vida é um eterno mapa, onde aprendemos a seguir por rectas, curvas e contra-curvas, estradas cheias de buracos, montanhas, vales, planícies, rios e mares... e porque às vezes vale a pena tentar voar, mesmo que não tenhamos asas...