Não gosto de gente homofóbica.
Irrita-me a presunção
De quem quer impor o que acha certo ou errado
A um corpo que não o seu.
De quem pensa que honestidade,
Ética e verticalidade
Está na sexualidade
E define como pessoa.
Não é gente séria
Quem o outro condena só porque ama
De uma forma que acha estranha e diferente.
Quem acha que é doença
Quando o amor é diferença
E não conforme aquilo que pensa.
Em vez de dizerem tanto disparate
E de pregarem uma moralidade
Que me cheira sempre a sacristia
Deviam de boca calada
Dar uma queca bem dada
Porque, disparate tem limite
E amor é liberdade.