Porque sabes que eu estou aqui.
Porque eu sei que me sabes ler no silêncio.
Quarta-feira, 9 de Junho de 2004
João Norte- Intro.Vertido
Não quero o teu silêncio. O teu silêncio é opressor dos nossos sentimentos. Quero que grites. Quando nos amamos não gritas. És egoísta. Guardas para ti aquilo que sentes ou não sentes nada. Eu quero partilhar aquilo que sentes. Tu não fazes amor comigo. Tu fodes em silêncio como se foder fosse uma obrigação, um acto banal, sem interesse e sem entusiasmo. Como uma refeição sem fome e sem tempero, em qualquer dia banal da vida quotidiana. O teu orgasmo é apenas físico, mera explosão de energia, mudo, contido, sem som, nem expressão do teu rosto. Fodes sem raiva, cada vez com menos raiva. Eu não quero foder sem amor nem raiva como quem abre gavetas e se deixa encher das tuas vaidades imundas. Quero esse acto como acto de amor partilhado. Não quero que o teu grito se perca no vazio do espaço silencioso, na penumbra das noites sem história, no fundo perdido da nossa memória. Quero que os nossos gritos de amor façam calar o ruído do mar, o uivo do vento que sopra nos montes gelados do Inverno do nosso viver, o grito dos fantasmas que me atormentam. Que se calem os tambores, as flautas dos poetas falhados. Quero que este grito passe de geração em geração. Se transmita no meu sangue como o pecado que herdam todos os amantes.
De Anónimo a 10 de Junho de 2004 às 04:21
manuelito!!... tou com saudades... veja se aparece no msn... nunca mais o vejo... bjos do teu amigo brazuca... que nao te eskece... andré_drezinhu_
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