Porque sabes que eu estou aqui.
Porque eu sei que me sabes ler no silêncio.
Donde sou? Sou do meu tempo, bem o sei, ou bem o quero saber, porque não é fácil assumirmo-nos com o tempo que nos aconteceu. Mas de vez em quando, ha um aceno invisível e perceptível apenas no modo de haver uma perturbação no ar, sinto que sou de outro tempo, de outro destino, de outro signo de outra pessoa. Que outro tempo? Não sei. Não deve ser mesmo tempo nenhum. Deve ser apenas localizável onde não esteja bem e me pergunte donde sou. Donde sou?